sábado, 27 de setembro de 2014

AS 3 BÊNÇÃOS

Quando decidi dar início ao registo das 3 bênçãos diárias, a minha pergunta foi: como é que vou descobrir 3 coisas boas num dia? Numa semana, num mês, ainda pode ser, mas num dia, todos os dias, durante 7 dias. Vinte e uma coisas boas…Como?
Nesta vida tão cheia de obrigações, onde os tempos estão todos contados, onde as listas de To DOs povoam os dias numa busca permanente pela eficácia e eficiência. Concluímos uma tarefa para dar logo inicio a outra, ou por vezes nem a concluímos, adiamos, para retoma-la numa outra ocasião, no mesmo dia, no dia seguinte ou daí a um mês. Numa sequência infernal onde a pergunta que mais povoa a mente é: e a seguir? 
Como? Preparei o cenário: caderno e caneta na mesa-de-cabeceira. Ultima tarefa do dia, escrever as 3 bênçãos!
Primeira noite: Assim de repente, nada! - Havia que procurar melhor, seguiu-se o escrutínio do dia e lá se encontraram 3 coisas boas. Coisas simples. Tinham de aparecer, até porque a falta delas levaria a outra questão bem mais difícil de responder. Resolvido!
Nas noites seguintes os registos continuaram com coisas ou acontecimentos simples, repetidos ou novos, sempre singelos. Foi inevitável que de 3 passassem a 5, a 10, …. Extraordinário como as coisas e os acontecimentos passam por nós sem nos apercebermos, sem os valorizarmos.
A consciência deste facto obrigou-me a estar mais atenta ao desenrolar do meu dia e rapidamente as bênçãos começaram a ser identificas no exato momento em que aconteciam. O prazer desse momento era imediatamente integrado de uma forma consciente e o registo dele remetido para o fim desse mesmo dia.
Passei a demorar-me mais tempo nesses momentos, sem pressa para passar ao seguinte. O que não fosse feito hoje seria amanhã, ou depois. Em um ou outro momento da minha vida suspeitei que vivia depressa, procurava descansar, mas logo o quotidiano me levava de volta ao ritmo infernal. Vivemos todos depressa demais.

A então suspeita é agora uma certeza que pede ação, que pede mudança. Pede que os momentos e os acontecimentos não só sejam continuamente identificados (forma passiva) mas também procurados (forma ativa). 

2 comentários:

  1. Concordo contigo, Marta. Precisamos todos de abrandar. De ter a consciência no presente.
    Boa ideia, essa, do exercício de registar os bons momentos do dia. Engraçado como foste tendo a percepção de mais e mais.

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  2. É um exercício da Psicologia Positiva. Experimenta Catarina, está cientificamente provado que nos faz sentir bem.

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