Quando
decidi dar início ao registo das 3 bênçãos diárias, a minha pergunta foi: como
é que vou descobrir 3 coisas boas num dia? Numa semana, num mês, ainda pode
ser, mas num dia, todos os dias, durante 7 dias. Vinte e uma coisas boas…Como?
Nesta
vida tão cheia de obrigações, onde os tempos estão todos contados, onde as
listas de To DOs povoam os dias numa
busca permanente pela eficácia e eficiência. Concluímos uma tarefa para dar
logo inicio a outra, ou por vezes nem a concluímos, adiamos, para retoma-la
numa outra ocasião, no mesmo dia, no dia seguinte ou daí a um mês. Numa
sequência infernal onde a pergunta que mais povoa a mente é: e a seguir?
Como?
Preparei o cenário: caderno e caneta na mesa-de-cabeceira. Ultima tarefa do
dia, escrever as 3 bênçãos!
Primeira
noite: Assim de repente, nada! - Havia que procurar melhor, seguiu-se o
escrutínio do dia e lá se encontraram 3 coisas boas. Coisas simples. Tinham de
aparecer, até porque a falta delas levaria a outra questão bem mais difícil de
responder. Resolvido!
Nas
noites seguintes os registos continuaram com coisas ou acontecimentos simples,
repetidos ou novos, sempre singelos. Foi inevitável que de 3 passassem a 5, a
10, …. Extraordinário como as coisas e os acontecimentos passam por nós sem nos
apercebermos, sem os valorizarmos.
A
consciência deste facto obrigou-me a estar mais atenta ao desenrolar do meu dia
e rapidamente as bênçãos começaram a ser identificas no exato momento em que
aconteciam. O prazer desse momento era imediatamente integrado de uma forma
consciente e o registo dele remetido para o fim desse mesmo dia.
Passei
a demorar-me mais tempo nesses momentos, sem pressa para passar ao seguinte. O
que não fosse feito hoje seria amanhã, ou depois. Em um ou outro momento da
minha vida suspeitei que vivia depressa, procurava descansar, mas logo o
quotidiano me levava de volta ao ritmo infernal. Vivemos todos depressa demais.
A
então suspeita é agora uma certeza que pede ação, que pede mudança. Pede que os
momentos e os acontecimentos não só sejam continuamente identificados (forma
passiva) mas também procurados (forma ativa).
Concordo contigo, Marta. Precisamos todos de abrandar. De ter a consciência no presente.
ResponderEliminarBoa ideia, essa, do exercício de registar os bons momentos do dia. Engraçado como foste tendo a percepção de mais e mais.
É um exercício da Psicologia Positiva. Experimenta Catarina, está cientificamente provado que nos faz sentir bem.
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